Os Pretos Velhos são venerados na Umbanda como as santas almas, detentores de uma sabedoria ancestral e profunda. o arquétipo é originário dos negros escravizados, que resistiram com dignidade ao cativeiro, esses espíritos se manifestam com uma aura de humildade e serenidade, frequentemente aparecendo como idosos curvados, com passos lentos e firmes. suas vestes simples e seu modo tranquilo de se comunicar refletem a simplicidade e a profundidade de suas experiências de vida.
Na prática espiritual da Umbanda, os Pretos Velhos são reconhecidos por sua habilidade excepcional no uso de ervas medicinais e remédios caseiros para curar doenças físicas, emocionais e espirituais. Eles ensinam através de conselhos sábios e benzimentos, guiando aqueles que buscam alívio e orientação. Seu conhecimento é transmitido em forma de histórias e ensinamentos que atravessam gerações, proporcionando conforto e esperança aos que os procuram.
O hábito de fumar, presente entre os Pretos Velhos, remonta aos tempos de escravidão, onde o ato de "pitar" cigarros de palha e cachimbos era uma forma de conexão espiritual e purificação. A fumaça, carregada de significado ritualístico, é usada para limpar energias negativas e purificar ambientes, mostrando sua função de protetores e curadores espirituais.
Além de cuidarem da saúde física e espiritual, os Pretos Velhos desempenham um papel fundamental como guias das almas desencarnadas, especialmente na transição para o mundo espiritual. São também conhecidos por proteger as crianças e são honrados em celebrações no mês de maio e aparecem também nas festas dedicadas a cosme e damião.
"Adorei as Almas!" é a saudação reverente usada para invocar e honrar sua presença e reconhecer sua elevada espiritualidade. Em suas representações com velas brancas e pretas, os Pretos Velhos são lembrados e cultuados nas segundas-feiras, dia dedicado a eles na Umbanda, trazendo conforto, cura e sabedoria ancestral para todos que buscam sua orientação.
Em suma, os pretos velhos são regidos pelos orixás Nanã e Obaluayê, que são da linha da evolução, logo os pretos velhos são muito mais do que simples entidades espirituais; são guardiões de uma herança de resistência, sabedoria e compaixão, guiando-nos com seu amor e conhecimento através das jornadas da vida, contribuindo de forma ativa na evolução da humanidade.
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